segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Para eles, 2014 já começou







De olho na Copa do Mundo no Brasil, empresas como Coca-Cola, AmBev e McDonald's transformaram o campeonato da África do Sul num laboratório de marketing.








Durante a Copa do Mundo de Futebol, os alunos da escola Diep Sloot Combined, na periferia de Johannesburgo, maior cidade da África do Sul, encaram uma dupla jornada de "trabalho". Quando não estavam em aula, passaram o dia percorrendo ruas de terra batida em diversos bairros para coletar latinhas e garrafas PET para reciclagem. 


A mesma rotina se repetiu em outras 199 escolas públicas do país, que sediou a Copa do Mundo de futebol, o maior evento esportivo do planeta em audiência - na edição de 2006, 2,8 bilhões de pessoas assistiram a pelo menos um jogo. 


A motivação da garotada, ao contrário do que geralmente acontece em regiões empobrecidas, não é econômica. É esportiva. Eles participaram de uma promoção criada pela Coca-Cola que distribuiu 20 000 ingressos para às escolas mais bem colocadas nesse inédito concurso nacional de reaproveitamento de embalagens. 


O andamento da promoção foi acompanhado de perto não apenas pelos sul-africanos mas também por um grupo de seis executivos da subsidiária brasileira da Coca-Cola, responsáveis por áreas que vão do marketing às finanças. 


Em março de 2010 eles estiveram em Johannesburgo para visitar estádios, bares e restaurantes e conversar com os organizadores da promoção. Outra equipe viajou para o país no período da Copa. 


Embora a Copa no Brasil só comece oficialmente daqui a tres anos, a empresa já designou Michel Davidovich, atual diretorgeral da Matte Leão, para dirigir uma equipe que deve chegar a 200 pessoas dedicadas a trabalhar com o torneio.

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